Por Mário Júnior |
História da Crise de 29
Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia
norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA
produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países
europeus. Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam
voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas
importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da
década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a
importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos. Com a
diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas
começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais
vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de
Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas
ações.
Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas,
houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito
foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias.
Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O
número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos
trabalhadores. A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a
história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo
mantinham relações comerciais com os EUA, a crise
acabou se espalhando por quase todos os continentes. A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin
Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De
acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os
preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo
conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande
investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir
significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo
da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.
NAZISMO
Regime
político de caráter autoritário que se desenvolve na Alemanha durante as sucessivas
crises da República de Weimar (1919-1933). O Nazismo baseia-se na doutrina do
nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler
(1889-1945), que orienta o programa do Partido Nacional-Socialista dos
Trabalhadores Alemães (NSDAP). A essência da ideologia nazista encontra-se no
livro de Hitler, Minha Luta(Mein Kampf). Nacionalista, defende o racismo e a superioridade da raça
ariana; nega as instituições da democracia liberal e a revolução socialista;
apóia o campesinato e o totalitarismo; e luta pelo expansionismo alemão.
Utilizando-se
de espetáculos de massa (comícios e desfiles) e dos meios de comunicação
(jornais, revistas, rádio e cinema), o partido nazista consegue mobilizar a
população por meio do apelo à ordem e ao revanchismo. Em 1933, Hitler chega ao
poder pela via eleitoral, sendo nomeado primeiro-ministro com o apoio de
nacionalistas, católicos e setores independentes. Com a morte do presidente
Hindenburg (1934), Hitler torna-se chefe de governo (chanceler) e chefe de
Estado (presidente). Interpreta o papel de führer, o guia do povo alemão,
criando o 3º Reich (Terceiro Império). Com
poderes excepcionais, Hitler suprime todos os partidos políticos, exceto o
nazista; dissolve os sindicatos; cassa o direito de greve; fecha os jornais de
oposição e estabelece a censura à imprensa ; e, apoiando-se em organizações
paramilitares, SA (guarda do Exército), SS (guarda especial) e Gestapo (polícia
política), implanta o terror com a perseguição aos judeus, dos sindicatos e dos
políticos comunistas, socialistas e de outros partidos.
O Fascismo na Itália
Regime
político de caráter autoritário que surge na Europa no período entre-guerras
(1919-1939). Originalmente é empregado para denominar o regime político
implantado pelo italiano Benito Mussolini , no período de 1919 a 1943. Suas
principais características são o totalitarismo, que subordina os interesses do
indivíduo ao Estado; o nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de
desenvolvimento; e o corporativismo, em que os sindicatos patronais e
trabalhistas são os mediadores das relações entre o capital e o trabalho.
Camisas pretas – O fascismo nasce oficialmente
em 1919, quando Mussolini funda, em Milão, o movimento intitulado Fascio de
Combatimento, cujos integrantes, os camisas pretas (camicie nere), opõem-se à
classe liberal. Em 1922, as milícias fascistas desfilam na Marcha sobre Roma, e
Mussolini é convocado para chefiar o governo em uma Itália que atravessa
profunda crise econômica, agravada por greves e manifestações de trabalhadores
urbanos e rurais. Em 1929 há um endurecimento do regime, que significa
cerceamento à liberdade civil e política, derrota dos movimentos de esquerda,
limitações ao direito dos empresários de administrar sua força de trabalho e
unipartidarismo. A política adotada, entretanto, é eficiente na modernização da
economia industrial italiana e na diminuição do desemprego.
As causas da Segunda Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes
causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início
deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África
e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década
de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas
e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que
pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos
na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por
Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no
início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções
tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização,
principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos
(aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o
Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios
vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas,
uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e
com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
Final e Consequências
Este importante e triste conflito
terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão,
último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos
Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e
Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos
japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades. Os
prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram
milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais
arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma
ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos
de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do
conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo
objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também
um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos,
Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo
norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar
suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
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